

Nívia contou que, quando o filho relatava as agressões à professora, ela dizia: "não seja mentiroso, você tem que ser um menino bom". A mãe só conseguiu uma prova física no dia 5 de novembro, quando o menino chegou em casa com o pescoço roxo.
A agressão aconteceu quando José Lucas desceu para merendar. Duas crianças entraram atrás dele no banheiro. A mãe relatou que as crianças, "na intenção de amedrontar ele, fecharam a porta e ficaram ali segurando". A mão esquerda do garoto, que estava no vão, acabou presa.
Catarina Zuccaro, advogada de Nívia, afirmou que a escola "falhou grandemente" e pedirá indenização. O trauma do menino "não vai ser apagado", mas ela espera que ele consiga "ressignificar" para que isso não guie sua vida futura.
"Ele bateu assim na mesa, chegou bem próximo de mim e disse: 'Não vou aceitar que você fale isso aqui. Em Portugal, não existe nem racismo nem xenofobia''", contou Nívia. Segundo ela, ambas discriminações motivaram a violência contra seu filho.